Coordenação: Flavia Trocoli (flavia.trocoli@gmail.com)
Datas: 8 de março, 5 de abril, 10 de maio, 7 de junho.
Horário: 11h às 12:30h

Em 2018, o grupo visitou Voiles [Véus… à vela, na tradução de Fernanda Bernardo], obra que contém dois escritos autobiográficos em prosa poética, um de Hélène Cixous e outro de Jacques Derrida, buscando pensar modos de formalização de um acontecimento traumático que dissesse dos modos diferentes de estar na linguagem da mulher e do homem. Desdobrando a questão com outro enfoque, em 2019, pensaremos em Antígone, de Sófocles, e em A hora da estrela, de Clarice Lispector, o modo como essas duas personagens trágicas – Antígone (uma princesa na Grécia Antiga) e Macabéa (uma nordestina miserável no Rio de Janeiro) – estabelecem uma relação própria com a lei e com o gozo em jogo nessa relação, mas também com seu nome próprio, não sem desconsiderar as leis dos gêneros tragédia e romance.

BIBLIOGRAFIA
CIXOUS, Hélène. La risa de la Medusa: ensayos sobre la escritura. Prologo y traducción: Ana Mana Moix. Traducción revisada por Myriam Diaz-Diocaretz. Barcelona: Anthropos; Madrid: Comunidad de Madrid. Consejera de Educación. Direeción General de la Mujer; San Juan: Universidad de Puerto Rico, 1995.

“Extrema fidelidade”. In: LISPECTOR, Clarice. A hora da estrela: edição com manuscritos e ensaios inéditos. [concepção visual e projeto gráfico Izabel Barreto – 1ª edição – Rio de Janeiro, 2017.

DERRIDA, Jacques. Gêneses, genealogias, gênero e o gênio. Porto Alegre: Sulina, 2005. Glas. Paris: Galilée, 2004. H.C. pour La vie, c’est à dire… Paris: Galilée, 2002.

LACAN, Jacques. A ética da psicanálise 1959-1960. Texto estabelecido por Jacques-Alain-Miller. Versão brasileira: Antonio Quinet. Rio de Janeiro: Zahar, 1997.

LORAUX, Nicole. Maneiras trágicas de matar uma mulher: imaginário da Grécia Antiga. Tradução: Mario da Gama Kury. Rio de Janeiro: Zahar, 1988.

SÓFOCLES. Antígone. Tradução Trajano Vieira. São Paulo: Perspectiva, 2009.