ATIVIDADES 2022

 

1) Grupo de estudos “Autobiografia depois de Freud” – 2022

Coordenação: Flavia Trocoli. Os interessados deverão entrar em contato através do email: flavia.trocoli@gmail.com

Datas: 25/3; 29/4; 27/5; 24/6; 29/7; 26/8; 30/9; 28/10. Os encontros serão presenciais ou virtuais de acordo com as condições sanitárias do momento. Se virtuais, os encontros acontecerão pelo Google Meet. Horário: 10:30h às 12h

Escrever com o sonho: Hélène Cixous com Jacques Derrida

Após a leitura de Hyperrêve, 2006, de Hélène Cixous, o Grupo de Estudos “A autobiografia depois de Freud” fará a leitura de Ève s’évade – la ruine et la vie, 2009, “O bicho da seda de si” (em Véus… à vela, 1998), de Jacques Derrida, e de Rêve je te dis, de Cixous, 2003, continuaremos a pensar como o sonho e a literatura dão permissão tanto para fazer existir o que não existe, quanto para hospedar o retorno dos mortos e, assim, sonho e literatura, se submetem e dão forma às leis desconhecidas da vida: continuar a viver é continuar a perder, mas também é, incontornavelmente, continuar a sonhar, a escrever, a ler, a escutar a voz dos mortos. Discutiremos, então, como a sobreposição de cenas arruinadas – literárias, filosóficas e autobiográficas – está intimamente ligada à noção de uma sobrevida que se faz através da extração das letras e da reconstituição, sempre parcial ou erodida, daquilo que foi destruído.

 

Bibliografia:

DERRIDA, Jacques. Voiles. Paris: Galilée, 1998.

Véus… à vela.Tradução: Fernanda Bernardo. Coimbra: Quarteto, 2001.

H.C. pour la vie, c’est à dire… Paris: Galilée, 2002.

Gêneses, genealogias, gêneros e o gênio. Tradução: Eliane Lisboa. Porto Alegre: Sulina, 2005.

CIXOUS, Hélène. Rêve je te dis. Paris: Galilée, 2003.

Ève s’évade: la ruine et la vie. Paris: Galilée, 2009.

FREUD, Sigmund. Conferências introdutórias sobre Psicanálise (Partes I e II). Edição Standard Brasileira das obras completas de Sigmund Freud. Volume XV.

SEGARRA, Marta (org). Hélène Cixous. Corolllaires d’une écriture. Paris: Presses Universitaires de Vincennes, 2019.

 

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2) Para pensar a clínica do escrito: Grupo de leitura e discussão.

A questão a ser perseguida parte da radicalidade da declaração de Jean Allouch a propósito da clínica analítica, mais particularmente, da psicanálise lacaniana: “Em Lacan a clínica é uma clínica do escrito” (posfácio pg 10).

O autor retoma essa proposição em 2021, no posfácio intitulado “A alteridade literal”, para seu texto, publicado em 1984, “Letra a letra”. Trata-se, portanto, de duas voltas acerca da letra como fundamento da clínica a partir do seu sítio de alteridade radical. Qual a reverberação, a importância e a atualidade de insistir e destacar isso?

A investigação que propomos toma como ponto de partida do percurso de leitura, uma operação entre-textos, inicialmente, o encontro e o choque, entre esses dois textos de Allouch e de suas referências. Tomaremos “Letra a letra” face a seu posfácio “A alteridade da letra”.

O objeto que acontece neste face a face e que escapa desse entre-textos será nosso instrumento para retomar as referências de Allouch e de textos correlatos de Lacan e alguns outros: ler “Letra a letra” com sua “Alteridade literal”.

Coordenação: Nina Leite e Ricardo Pacheco

Encontros semanais, quartas 13:30 – 15:00hs

Início: 16/3/22

Textos de partida:

Allouch, J., Letra a letra – transcrever, traduzir, transliterar, tradução de Dulce Duque Estrada, Rio de Janeiro, Companhia de Freud Editora, 1994.

Allouch, J., La alteridad literal – posfácio 2021 Letra a Letra, École lacanienne de psychanalyse, 2021

Michel Foucault, Ditos e escritos vol 3. Estética: Literatura e Pintura, Música e Cinema, Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2001

Michel Foucault, Folie, Langage, Litterature, texto estabelecido por H-P Fruchaud, D. Lorenzini e J. Revel. Vrin. Paris. 2019

Seminários IV, VI, XIII e XIV de Jacques Lacan.

Interessados devem entrar em contato com nvirginia@uol.com.br e/ou ricardoazevedopacheco@yahoo.com.br

 

 

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3) Seminário ENTRE

Dando prosseguimento ao trabalho que vem sendo sistematicamente realizado há 2 anos, em 2022 continuaremos a leitura e discussão do texto L´Étuourdit (O Aturdito) de Jacques Lacan. Os encontros são mensais e deverão acontecer nos seguintes dias (sextas-feiras) das 13:30 às 15:30:

08/04; 13/05; 10/06; 08/07; 12/08;09/09; 14/10 e 11/11.

Solicita-se que os participantes se responsabilizem pela leitura prévia do texto de Lacan.

Responsáveis: Cláudia Lemos e Nina Leite

Interessados devem entrar em contato com nvirginia@uol.com.br

 

 

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4) Viagem ao fim da noite – literatura portuguesa: psicanálise, labirinto e saudade

 Responsáveis / coordenadores:

Dr. Marlon Augusto Barbosa (UFRJ/Faperj) – marl.augustbarbos@gmail.com

Drª. Luciana dos Santos Salles (UFRJ) – lucianasall@gmail.com

 

Descrição: “– A história é um pesadelo de que tento despertar-me”. Essa citação é uma fala de Stephen Dedalus, retirada da primeira parte (“Telemaquia”) do Ulisses, de James Joyce. A frase diz respeito não apenas à História (irlandesa, no caso de Joyce), mas também à história pessoal do personagem. Retomada aqui como epígrafe, a declaração de Stephen aponta para aquilo que, na Literatura Portuguesa, tem sido sempre uma espécie de trauma ou até mesmo obsessão: compreender, representar ou até mesmo reescrever, por vezes, a História e as histórias. Partindo dessa premissa, o objetivo desse grupo de estudos é, a partir da leitura de alguns romances produzidos depois do 25 de abril de 1974, entender como a Literatura Portuguesa elabora, com o fim da ditadura salazarista, um certo “despertar” traumático; levantando temas e problemas como, por exemplo, a questão da perda que, de diferentes modos – seja em relação ao amor, à família ou à identidade –, sempre se movimenta em direção a um: o que fazer com o que resta, com isso que sobra dessa grande noite? Lídia Jorge, Valter Hugo Mãe, Isabela Figueiredo, Gonçalo M. Tavares – o grupo pretende discutir: 1. a história / pesadelo de uma filha / sobrinha que herda uma narrativa de amor; 2. a história de um idoso abandonado em um asilo após a morte da esposa; 3. a história de uma mulher responsável por dizer a verdade “oficial”, mas que decide contar uma outra história; 4. e a história de um personagem de nome Bloom que refaz a jornada do Ulisses e d’Os Lusíadas em busca de conhecimento e esquecimento.

Encontros: 27 de abril, 25 de maio, 29 de junho, 27 de julho, 31 de agosto, 28 de setembro e 26 de outubro. Horário: 14 horas às 16 horas.

 

Referencial bibliográfico

BRANCO, Lucia Castello (Org.). Shoshana Felman e a coisa literária: escrita, loucura, psicanálise. Belo Horizonte: Letramento, 2020.

BRAUNSTEIN, Néstor. Memoria y espanto. México: Siglo XXI, 2008.

CASSIN, Barbara. La Nostalgie. Quand donc est-on chez soi? Paris: Pluriel, 2015.

FIGUEIREDO, Isabela. Caderno de Memórias Coloniais. São Paulo: Todavia, 2018.

FREUD, Sigmund. Observações psicanalíticas sobre um caso de paranoia relatado em autobiografia: (“O caso Schreber”): artigos sobre técnica e outros textos. Tradução e notas de Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2010.

JORGE, Lídia. O vale da paixão. Lisboa: D. Quixote, 1998.

LACAN, Jacques. Os Quatro Conceitos Fundamentais da Psicanálise. Texto estabelecido por Jacques-Alain Miller. Rio de Janeiro: Zahar, 1985.

LOURENÇO, Eduardo. A Nau de Ícaro e imagem e miragem da Lusofonia. São Paulo: Companhia das Letras, 2001.

LOURENÇO, Eduardo.O Labirinto da Saudade. Lisboa: Gradiva, 2005.

MÃE, Valter Hugo. a máquina de fazer espanhóis. São Paulo: Cosac Naify, 2011.

TAVARES, Gonçalo M. Uma Viagem à Índia. Rio de Janeiro: Leya, 2010.

 

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5) Psicanálise e (In)tradução

Coordenação: Marie-Lou Lery-Lachaume, Keylla Barbosa e Maria Cecília Franchin Gruau

marieloulerylachaume@yahoo.fr; keyllafb@yahoo.com.br; cissafranchin@gmail.com

Duas brasileiras exercendo a psicanálise na França e uma francesa exercendo a psicanálise no Brasil estão mobilizadas pelo desejo de friccionar questões cruciais da psicanálise entre línguas. Para além da tradução, uma intradução? Elas propõem desdobrar os seguintes eixos:

1. Psicanálise em línguas: efeitos de uma língua estrangeira na clínica psicanalítica

2. As línguas, lalíngua (lalangue) e além (“l’élangue”): um inconsciente trans-linguístico?
3. Da (in)tradução da psicanálise à psicanálise como (in)tradução

Os interessados devem entrar em contato com as coordenadoras pelo e-mail: psicanaliseintraducao@gmail.com

Horário: às sextas-feiras – 13h30-15h30

Datas: 8 de abril, 20 de maio, 17 de junho, 23 de setembro, 21 de outubro, 18 de novembro

Bibliografia:

AYOUCH, T. Psychanalyse et hybridité : genre, colonialité, subjectivations. Louvain: Leuven university press, 2018.

_________. “Clínica psicanalítica da língua: vias associativas interlinguísticas, tradução e transferência”. Estudos de Psicologia, Campinas, v. 32, nº 1, 2015, pp. 97-107.

CAMPOS, H. “O afreudisíaco Lacan na Galáxia de Lalíngua”. Conferência proferida na Fundação Casa de Jorge Amado em 26/09/1989. Disponível em: https://recil.ensinolusofona.pt/bitstream/10437/42/1/nr1O%2520Afreudisiaco%2520Lacan%2520na%2520Gal%C3%83%C2%A1xia%2520de%2520Lal%C3%83%C2%ADngua.pdf – Data de acesso: 31/01/2022.

CASSIN, B. Psychanalyser en langues : intraduisibles et langue chinoise. Paris: Demopolis, 2016.

DERRIDA, J. Ulysse gramophone. Deux mots pour Joyce. Paris: Galilée, 1987.

_________. Le monolinguisme de l’autre : ou la prothèse d’origine. Paris: Éditions Galilée, 1992.

KHATIBI, Abdelkébir. “Présentation”. In : Du bilinguisme, Paris, Denoël, 1985.

Lacan’s english. La langue anglaise de Lacan. Paris: Association de Psychanalyse Encore, 2019.

LACAN, J. Posfácio (1973) – O Seminário, livro 11. Os quatro conceitos fundamentais da psicanálise. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1964.

_________. “Postface au séminaire : Les quatre concepts fondamentaux de la psychanalyse” (1973), publicado depois da transcrição por J.A. Miller do Seminário de 1964, Les quatre concepts fondamentaux de la psychanalyse, Seuil, 1973.

_________. Le Séminaire, Livre XX : Encore (1972-1973). Paris: Seuil, 2011.

_________. Le Séminaire, Livre XXIII. Le Sinthome (1975-1976). Paris: Seuil, 2005.

_________. Le Séminaire, Livre XXIV : L’insu que sait de l’une bévue s’aille à mourre (1976-1977). Inédito.

SOUZA JR. “A tradução, avesso da relutância: Freud, Saussure, Lacan e assim por diante”. Cad. Est. Ling., Campinas, v. 63, 2021, pp. 1-11.

SOLER, C. Retour sur la “fonction de la parole”. Paris: Éditions nouvelles du champ lacanien, 2019.

 

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6) Tempo de Literatura/Espaço do Espelho

Co-ordenação: Francisca Lier e Maria Teresa G. de Lemos (lemosteresamaria@gmail.com)

O grupo de trabalho continua a realizar leituras – em voz alta entre os participantes – de textos de literatura e psicanálise.
A proposta original foi uma idéia de Vera Colucci que convidou Maria Teresa G. de Lemos para três encontros de leitura dos textos “O Espelho, Esboço de uma nova teoria da alma humana” de Machado de Assis e “O estádio do espelho como formador da função do eu” de J. Lacan . Após esses encontros, o desejo foi prosseguir e desde então o tema do espelho em Lacan tem orientado tanto a escolha quanto o modo de leitura de textos literários e psicanalíticos. Atualmente os textos sendo lidos são “Através do espelho e o que Alice encontrou lá”, de Lewis Carrol, e “Das vicissitudes da da fala da criança e de sua investigação” de Claudia T. Guimarães de Lemos, 2002, Cadernos de Estudos Linguísticos.
O trabalho do grupo acontece mensalmente. Desde meados de 2020 a leitura dos trechos passou a ser enviada alguns dias antes do encontro em áudios pelo Whatsapp, sendo que a leitura é realizada pelos participantes, que se alternam nessa função. A primeira parte do encontro é dedicada aos comentários da leitura do texto literário e, após um intervalo que originalmente era o nosso café, seguimos com os comentários da leitura do texto de Lacan. Na prática esses comentários muitas vezes se cruzam e se interceptam.
Segundo Vera Colucci, o trabalho deveria servir como um estímulo à pesquisa no sentido mais próximo possível da experiência própria ao leitor, que vai de um texto à outro, seguindo um fio que, na maior parte das vezes, é desconhecido mas que vai se compondo. Este mesmo movimento dá margem à uma trama de questões que o impulsionam à escrita ou à novas leituras. Não menos importante era, para ela, incluir o prazer e o desprazer na leitura como elementos desse movimento de pesquisa, ao qual se juntaram ainda – sem que tivessem sido previstas originalmente – as questões surgidas da leitura em voz alta de cada qual e de cada um.

Neste ano, o grupo não está aceitando novos participantes

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7) Seminário: A palavra oral e o escrito em psicanálise

 

Responsável: J. Guillermo Milán-Ramos. Os interessados deverão entrar em contato pelo email: guillermo.milan@yahoo.com

Datas e horário: O seminário será realizado em 4 reuniões, de terça-feira, freqüência mensal: 22/3, 26/4, 24/5, 21/6.

O primeiro encontro será no dia 22/3, das 9:00 às 11:00h. O horário poderá ser modificado em função da conveniência dos participantes. Todos os encontros serão presenciais e/ou em modalidade híbrida (presencial + zoom) de acordo as condições sanitárias e lugar de residência do participante.

Em suas sucessivas elaborações sobre sujeito, corpo e linguagem, a produção teórica de Lacan apresentou um traço constante e persistente, uma verdadeira marca constante e original que está presente, de modo explícito, em cada momento do seu trabalho teórico: um continuo apelo ou recurso a um trabalho do/ sobre o escrito, como chave material, formal e funcional de suas elaborações e intervenções psicanalíticas. Diversas práticas do escrito, a escrita da ciência, a escrita literária, a escrita e o texto clínicos; o estilo, a transmissão e a escrita teórica em/da psicanálise (grafos, matemas, esquemas, topologias); o traço unário, a escrita no corpo, a escrita do sintoma…: em diversas funções, sob diferentes formas e materialidades, o escrito se constitui em fundamento do pensamento de Lacan, produzindo uma verdadeira orientação ou redução da teoria e da prática clínica psicanalíticas à dimensão do escrito, a uma teoria psicanalítica do escrito, a uma teoria da letra. Mas a fala no dispositivo clínico, o pungente estilo oral de transmissão desenrolado por Lacan nos seminários, e a própria teoria de Lacan sobre o escrito, estão aqui para lembrarmos que a palavra oral e suas ressonâncias constituem uma dimensão essencial do sujeito psicanalítico. Se há a exigência de escrever, existe igualmente a exigência de dizer a teoria, isto é, de fazê-la passar por um circuito que não é apenas escrito senão que, também, inclui a palavra oral e a dimensão do corpo.

Lacan localizou o sujeito do inconsciente na distância entre enunciado e enunciação, um sujeito inscrito na linguagem. Para Foucault, certos enunciados-chave, certas cenas enunciativas –“inquietude de si”,  “conhece-te a ti mesmo”, “penso, logo sou”– balizam a constituição do sujeito em ocidente, definindo, historicamente, modos de inscrição do sujeito na linguagem, criando espaços possíveis ou experiências de “espiritualidade”, entre os quais devemos situar, certamente, o sujeito do inconsciente. A questão chave parece ser: como a relação entre a palavra oral e o escrito determinam ou condicionam a relação entre enunciado e enunciação, definindo modos de inscrição do sujeito na linguagem?

No presente seminário propomos apresentar e interrogar a questão da palavra oral e o escrito, do corpo e da linguagem, considerando alguns elementos extraídos de duas perspectivas:

(i) a experiência da palavra oral e do escrito no sujeito, a partir de certas chaves ou marcos da historicização da subjetividade em ocidente;

(ii) a experiência de linguagem transmitida por Lacan em seu trabalho teórico, compreendendo escritos e seminários.

Bibliografia

(Uma seleção de textos e referências será distribuída entre os participantes)

Agamben, G. (2012) Teología y lenguaje. Buenos Aires: Las cuarenta.
Derrida, J. (1967) De la gramatologia. Buenos Aires: Siglo XXI, 1986.
Foucault, M. (1983) El gobierno de sí y de los otros (Curso en el Collège de France, 1982-1983). Buenos Aires: Fondo de Cultura Económica, 2014.
Lacan, J. (1957/ 1966) A instância da letra no inconsciente ou a razão desde Freud. Em: Escritos. Rio de Janeiro: Zahar, 1998, pp. 496-533.
Lacan, J. (1958/ 1966) Juventude de Gide ou a letra e o desejo. Em: Escritos. Rio de Janeiro: Zahar, 1998, pp. 749-775.
Lacan, J. (1971) Lituraterra. Em: Outros escritos. Rio de Janeiro: Zahar, 2003.
Milán-Ramos, J.G. (2007) Passar pelo escrito : Lacan, a psicanálise, a ciência – uma introdução ao trabalho teórico de J. Lacan. Campinas, SP: Mercado de Letras/ Fapesp.
Milán-Ramos (2010) A escrita da psicanálise não existe. Em: Milán-Ramos, J.G. e N. Leite (orgs) Terra-mar : litorais em psicanálise. Campinas, SP: Mercado de Letras/ Fapesp.
Milner, J.C. (1995) La obra clara : Lacan, la ciencia, la filosofía. Buenos Aires: Manantial, 1996.
Platon. Cartas. Madrid: Akal, 1993.
Platon. Fedro. Madrid: Gredos, 2014.

 

8) Grupo de Trabalho: Elipsi – Espaço Linguagem e Psicanálise

 

Coordenadoras: Conceição Azenha (cissazenha@gmail.com)
Maria Raquel Aguiar (mraquelaguiar@gmail.com)

O Elipsi tem por objetivo amplo promover o estudo e a discussão sobre as patologias na infância e a estruturação subjetiva; delimita neste momento o seu interesse nos estudos e atendimento precoce de crianças com dificuldades na função da fala e no campo da linguagem.

O desenvolvimento conjunto de atividades de estudos e atividades clínicas visa abordar os conceitos psicanalíticos a partir de questões sobre os aspectos clínicos, éticos e práticos. Nesse sentido, o Elipsi também oferece, eventualmente, cursos de extensão, nos quais visa abrir a discussão de temas sobre o infantil, a criança e a linguagem no campo da psicanálise.

A prática clínica tem como diretrizes básicas:

  1. Intervir precocemente e possibilitar o acesso da criança, e seus pais, a um tratamento psicanalítico. As possibilidades de atendimento são priorizadas para crianças de até seis anos de idade.
  2. Oferecer assessoria aos trabalhos realizados com crianças em instituições.

Os atendimentos de crianças são oferecidos por participantes do Elipsi considerados em condição de realizar essa prática, ou seja, que já tenham um percurso de formação psicanalítica que envolva a análise pessoal.

As modalidades de atividades dos participantes do Elipsi são as seguintes:

  • Atendimento clínico: restrita para os participantes que já tenham um percurso de formação psicanalítica.
  • Atividade de estudos: é aberta a todos os participantes. Tem por objetivo a discussão de textos que fundamentem teoricamente a clínica com crianças e que partam da discussão de sua prática.
  • Discussão clínica: atividade para os participantes que realizam atividade clínica. Discussão de questões surgidas a partir dos atendimentos clínicos realizados, ou de casos da literatura psicanalítica.
  • Supervisão e atendimento clínico: os participantes que se encarregarem de atender os casos necessariamente deverão, em algum momento, realizar supervisão e posteriormente levar para a reunião de discussão de casos. Não ficará determinado previamente qual será o supervisor, uma vez que a supervisão se faz pela e na transferência. O que é importante é que o grupo escutará os efeitos da supervisão para a condução daquele caso. Nesse sentido, o participante encarregado do atendimento do caso poderá escolher um supervisor de fora do Elipsi. A supervisão é individual. Todos que realizam atendimentos precisam agendar a supervisão com o supervisor escolhido em horários fora dos espaços de reunião.

O ingresso de novos participantes se dará a partir de um processo composto de duas entrevistas que serão realizadas por membros do Elipsi, com o objetivo de avaliar de quais atividades o interessado pode participar.

As reuniões do Elipsi ocorrerão mensalmente, sempre na primeira sexta-feira de cada mês, desdobrando-se em dois momentos:

  • das 13:30h às 14:30h com discussão de casos que estão sendo atendidos no Elipsi ou discussão de casos da literatura psicanalítica;
  • das 14:30h às 15:30h com discussão teórica sempre buscando articulação com o tema principal do Outrarte para o ano que em 2021/2022 é “O corpo na ponta de lalíngua”

Datas das reuniões do Elipsi para 2022 (sempre na primeira sexta-feira do mês):

01/04
06/05
03/06
01/07
05/08
02/09
07/10
04/11

Contatos:

  • Para ingresso como participante do Elipsi: Nina Leite (F: 19 99765 4772 ou e-mail: nvirginia@uol.com.br) – até dia 20/03/2022
  • Para solicitação ou encaminhamento de atendimento ou assessoria: Ciça Azenha (F: 19 99685 2880 ou e-mail: cissazenha@gmail.com)

Bibliografia (casos da literatura):

  • “Caso Robert”: LACAN, Jacques. O Seminário, livro 1: Os escritos técnicos de Freud. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1986.
  • “Caso Joey”: BETTELHEIM, B. A fortaleza vazia (1967). São Paulo: Martins Fontes, 1987.
  • “Caso Dick”: Melanie Klein
  • “Seminário de psicanálise de crianças”, de Françoise Dolto

Bibliografia (textos fundadores):

  • “Análise de uma fobia em um menino de cinco anos”, Freud, 1909.
  • “Os complexos familiares na formação do indivíduo”, Lacan, Outros Escritos;
  • “Nota sobre a criança”, Lacan, Outros Escritos;
  • “Crianças na psicanálise: clínica, instituição, laço social”, Angela Vorcaro;
  • “A Primeira Entrevista em Psicanálise”, Maud Mannoni;
  • “O brincar e a realidade”, D.W. Winnicot;

 

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REUNIÕES MENSAIS DO OUTRARTE 

(encontros preparatórios para a Jornada com o tema “O corpo na ponta de lalíngua”)

25/3
29/4
27/5
24/6
29/7
26/8
30/9
28/10

 

sempre às 13h30, via Zoom

Interessados em participar das reuniões do Outrarte: enviar e-mail para outrarte@iel.unicamp.br