Coordenação: Ricardo Goldemberg.
Encontros: 21 de março e 23 de maio.
Horário: 16:00h.
Local: mini-auditório Centro Cultural.

Os mesmos que se encantam com a leitura lacaniana de Freud segundo a ordem das razões (a “primeira tópica” dá a razão da segunda, não o contrário, por exemplo) se entregam com afinco a uma leitura cronológica progressista de Lacan, na qual um “jovem” Lacan do imaginário (década de 1950), superado por um maduro Lacan do simbólico (década de 1960), encontra seu acabamento num provecto Lacan do real (década de 1970). Para demonstrar a inanidade desta concepção proponho, a quem interessar possa, tomar o mais problemático dos conceitos do “último Lacan”, o gozo, e demonstrar que, para não cair na mais absoluta contradição com tudo que Lacan ensinou, deve ser lido à luz do conceito de significante, não o contrário. Para tanto, convido ao exercício de lermos o Seminário XX, Mais, ainda, (1973) à luz do Seminário VI, O desejo e a sua interpretação. (1959).