"Eu as vezes pergunto a mim mesmo o que é que em Portugal lêem as pobres crianças. Creio que se lhes dá Filinto Elisio, Garção, ou outro qualquer desses mazorros sensabar·es quando as infelizes mostram inclinação para leitura. Isto é tanto mais atrás quanto a criança portuguesa é excessivamente viva, inteligente e imaginária (...) Pois bem: eu tenho certeza de que uma tal literatura infantil (lit. de natal, N. do A.) penetraria facilmente nos nossos costumes domésticos, e teria uma mescla proveitosa. Muitas senhoras inteligentes e pobres, se poderiam empregar em escrever fáceis histórias". (Queirós, Eça de Cartas da Inglaterra 26) |
![]() |