Aproveitarei a ocasião para publicar aí as Procelárias, que, já prontas, estão pesando inutilmente na minha bagagem. Não esqueceu seguramente a sua promessa de escrever o prólogo desse livro. Mandar-lho-ei para esse efeito, logo que as composições dele estejam definitivamente classificadas. Outro favor que lhe peço desde já é o de entender-se com o Laemmert, seu editor, para que ele se associe a mim, mediante uma comissão razoável, para a venda do volume. Bem sabe que certos cuidados comerciais, necessários à vida de um livro, não os pode empregar o autor, incompetente e inexperto em tal assunto. A casa Laemmert pela sua influência e pela sua honradez oferece as melhores garantias. O meu primeiro intento era propor ao Laemmert a edição das Proceláriasvendendo ou mesmo cedendo o manuscrito para que ele tomasse a si as despesas da impressão, ficando com a propriedade da obra, ou as dividisse comigo, dividindo também os lucros na mesma proporção. Creio que não seria difícil realizar um contrato assim; mas o que me impede de oferecê-lo é a quase absoluta certeza de que o meu livro, imprimindo-se aí, não estaria pronto, nem em quatro, nem, porventura, em seis meses. A Alma primitiva foi uma boa lição a tal respeito. Levou-me quase um ano (em 7 de novembro de 1895 de Azeredo a Machado) |
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