Literatura Infantil (1880-1910)
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Meia-noite
O filho:
Ó
Mamãe! quando adormecem todos,
num sono profundo, Há
mesmo almas do outro mundo, Que
aos meninos aparecem?
A mãe: Não
creias nisso! É tolice! Fantasmas
são invenções Para
dar medo aos poltrões: Não
houve ninguém que os visse. Não
há gigantes nem fadas, Nem
gênios perseguidores, Nem
monstros aterradores, Nem
princesas encantadas! As
almas dos que morreram Não
voltam à terra mais! Pois
vão descansar em paz Do
que na terra sofreram.
Dorme
com tranqüilidade! —
Nada receia, meu filho, Quem
não se afasta do trilho Da
Justiça e da Bondade. |