Literatura Infantil (1880-1910)
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A Vida
Na
água do rio que procura o mar; No
mar sem fim; na luz que nos encanta; Na
montanha que aos ares se levanta; No
céu sem raias que deslumbra o olhar; No
astro maior, na mais humilde planta; Na
voz do vento, no clarão solar; No
inseto vil, no tronco secular, —
A vida universal palpita e canta! Vive
até, no seu sono, a pedra bruta... Tudo
vive! E, alta noite, na mudez De
tudo, – essa harmonia que se escuta
Correndo
os ares, na amplidão perdida, Essa
música doce, é a voz, talvez, Da
alma de tudo, celebrando a Vida! |
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