Literatura Infantil (1880-1910)
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Meio-dia Meio-dia.
Sol a pino. Corre
de manso o regato. Na
igreja repica o sino; Cheiram
as ervas do mato.
Na
árvore canta a cigarra; Há
recreio nas escolas: Tira-se,
numa algazarra, A
merenda das sacolas.
O
lavrador pousa a enxada No
chão, descansa um momento, E
enxuga a fronte suada, Contemplando
o firmamento.
Nas
casas ferve a panela Sobre
o fogão, nas cozinhas; A
mulher chega à janela, Atira
milho às galinhas. Meio-dia!
O sol escalda, E
brilha, em toda a pureza, Nos
campos cor de esmeralda, E
no céu cor de turquesa... E
a voz do sino, ecoando Longe,
de atalho em atalho, vai
pelos campos, cantando A
Vida, a Luz, o Trabalho. |
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