Literatura Infantil (1880-1910)
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A Madrugada Os
pássaros, que dormiam Nas
árvores orvalhadas, Já
a alvorada anunciam No
silêncio das estradas.
As
estrelas, apagando A
luz com que resplandecem, Vão
tímidas vacilando Até
que desaparecem. Deste
lado do horizonte, Numa
névoa luminosa, O
céu, por cima do monte, Fica
todo cor-de-rosa;
Daí
a pouco, inflamado Numa
claridade intensa, Se
desdobra avermelhado, Como
uma fogueira imensa. Os
galos, batendo as asas, Madrugadores,
já cantam; Já
há barulho nas casas, Já
os homens se levantam,
O
lavrador pega a enxada, Mugem
os bois à porfia; —
É a hora da madrugada Saudai
o nascer do dia! |