Literatura Infantil (1880-1910)
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A casa
Vê
como as aves têm, debaixo d’asa, O
filho implume, no calor do ninho!... Deves
amar, criança,a tua casa! Dentro
da casa em que nasceste és tudo... Como
tudo é feliz, no fim do dia, Quando
voltas das aulas e do estudo! Volta,
quando tu voltas, a alegria!
Aqui
deves entrar como num templo, Com
a alma pura, e o coração sem susto: Aqui
recebes da Virtude o exemplo, Aqui
aprendes a ser meigo e justo.
Ama
esta casa! Pede a deus que a guarde, Pede
a Deus que a proteja eternamente! Porque
talvez, em lágrimas, mais tarde, Te
vejas, triste, d’esta casa ausente... E,
já homem, já velho e fatigado, Te
lembrarás da casa que perdeste, E
hás de chorar, lembrando o teu passado... —
Ama, criança, a casa em que nasceste! |
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