Literatura Infantil (1880-1910)
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A Rã e o Touro (fábula de Esopo) Pastava
um touro enorme e forte, à beira d’água. Vendo-o
tão grande, a rã, cheia de inveja e mágoa, Disse:
“Por que razão hei de ser tão pequena, Que
aos outros animais só faça nojo e pena? Vamos|!
quero ser grande! incharei tanto, tanto, Que,
imensa, causarei às outras rãs espanto!”
Pôs-se
a comer e a inchar. E às rãs interrogava: Já
vos pareço um touro?” E inchava, inchava, inchava! Mas
em vão! tanto inchou que, num tremendo estouro, Rebentou
e morreu, sem ficar como o touro. Essa
tola ambição da rã que quer ser forte Muitos
homens conduz ao desespero e à morte. Gente
pobre, invejando a gente que é mais rica, Quer
como ela gastar, e inda mais pobre fica: —
Gasta tudo o que tem, o que não tem consome, E,
por querer ter mais, vem a morrer de fome. |
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