Literatura Infantil (1880-1910)
![]() |
![]() |
Natal
Jesus nasceu ! Na abóbada infinita Soam cânticos vivos de alegria; E toda a vida universal palpita Dentro daquela pobre estrebaria ... Não houve sedas, nem cetins, nem rendas No berço humilde em que nasceu Jesus ... Mas os pobres trouxeram oferendas Para quem tinha de morrer na Cruz. Sobre a palha, risonho, e iluminado Pelo luar dos olhos de Maria, Vede o Menino-Deus, que está cercado Dos animais da pobre estrebaria. Não nasceu entre pompas reluzentes; Na humildade e na paz deste lugar, Assim que abriu os olhos inocentes, Foi para os pobres seu primeiros olhar. No entanto, os reis da terra, pecadores, Seguindo a estrela que ao presépio os guia. Vêem cobrir de perfumes e de flores O chão daquela pobre estrebaria. Sobrem hinos de amor ao céu profundo; Homens, Jesus nasceu ! Natal ! Natal ! Sobre esta palha está quem salva o mundo, Quem ama os fracos, quem perdoa o Mal ! Natal ! Natal ! Em toda Natureza Há sorrisos e cantos, neste dia ... Salve, Deus da Humildade e da Pobreza, Nascido numa pobre estrebaria ! |
![]() |