Minicursos 1, 2, 3

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Participantes de fora do Brasil, entrar em contato com a comissão organizadora jornadas.mulherdis@gmail.com

Quinta-feira (17/11) – 9h às 12h

1) INVERSÕES E DESLOCAMENTOS NO DISCURSO POLÍTICO BRASILEIRO ATUAL 

Luís Fernando Figueira Bulhões (UFES)

Wellton da Silva de Fatima (IFAL/Unicamp)

MODALIDADE: presencial com possibilidade de participação remota

Local: Sala CL 14 IEL presencial; o link de acesso à sala virtual será enviado por email às pessoas inscritas no minicurso.

Resumo: Neste minicurso, buscaremos definir e mobilizar analiticamente duas noções que propomos recentemente: a simulação do lógico pelo ideológico e a produção discursiva do falso inverso simétrico. Essas noções buscam dar conta de inversões supostamente lógicas que se formulam no discurso, principalmente nos processos de significação de determinadas questões de gênero, de sexualidade, e do espectro étnico-racial – dentre outras – pelos gestos de interpretação do conservadorismo político brasileiro atual. Partiremos do campo teórico materialista do discurso, retomando alguns conceitos básicos da Análise do Discurso, para situar a discussão que empreendemos. Em um primeiro momento, focalizaremos o eixo da formulação do discurso para pensar a relação entre política e enunciação nos espaços digitais; no segundo momento, focalizaremos o eixo da constituição do discurso para pensar a produção do efeito-sujeito na relação com a memória e com o interdiscurso. Finalmente, abriremos as discussões de modo a repercutir as noções que definimos e mobilizamos em busca de ratificar sua pertinência para compreensão da discursividade objeto de nossa reflexão. 

2) A ESCRITA DE MULHERES INDÍGENAS: DESESTABILIZANDO O RIGOR DO SABER HEGEMÔNICO

Águeda Aparecida da Cruz Borges (UFMT)

MODALIDADE: presencial sem possibilidade de participação remota

Local: Sala de Videoconferência – Centro Cultural – IEL

Resumo: A proposta para este minicurso faz parte do meu compromisso histórico com os povos originários, desde que me livrei da ignorância em relação a eles. O objetivo é mostrar algumas práticas de resistência de mulheres indígenas, dentre elas, a escrita alfabética. Para isso utilizarei alguns textos da revista Fragmentum Nº 58, a qual organizei. Apresentarei aspectos sobre o processo de construção da Revista, pois pelo caráter especial que a constituiu, abre-se a possibilidade de provocar um certo tremor nas bases do rigor acadêmico que sustenta a qualificação das revistas. As mulheres indígenas são lideranças fundamentais na luta dos povos originários pelo reconhecimento étnico, pela terra, pela identidade. Como nós mulheres ocidentais, elas se dividem entre muitos afazeres e responsabilidades, além de enfrentar a violência de gênero que irrompe sempre que levantam a voz e, geralmente, são ignoradas por mulheres ocidentais. À revelia do silenciamento de suas línguas e diante da emergência de vozes, nas condições de produção vigentes, que desestabilizam as narrativas historicamente construídas sobre os povos indígenas, elas se posicionam politicamente nos seus textos, no seu grafismo, nas suas imagens, nos seus saberes, numa tomada de posição em que dão corpo à voz feminina, se dispersando em múltiplas vozes de mulheres indígenas, que têm em comum uma história de violência, deslocamentos, imposições silenciamentos, mas, no entanto, constroem uma história de afirmação subjetiva, de luta pela manutenção de seus costumes e ancestralidade. 

3) O CORPO QUE GIRA: PROFANIDADES EM DISCURSO

Tyara Veriato

Karine Medeiros

Alzilane Fernandes

MODALIDADE: presencial sem possibilidade de participação remota

Local: Miniauditório – Centro Cultural – IEL

Resumo: A partir da análise do discurso, propomos um giro por diversas materialidades estéticas  em que o que está em jogo é a existência de um corpo atravessado pelas dimensões das leis e das transgressões, do sagrado e do profano, do utilitário e do erótico. Se, por um lado, há uma multiplicidade de “técnicas” de gestão social dos indivíduos (PÊCHEUX, 2008) que buscam disciplinar os corpos e interditar a circulação de sujeitos marginalizados em espaços públicos (CHAVES, 2015; FERRAÇA, 2019 ; FOUCAULT, 1999),  por  outro, a festa e  a dança irrompem como lugares possíveis de subversão e resistência. Em um giro: Madame Satã, Tambor de crioula do Maranhão, Cacuriá de Dona Teté, Lavoura arcaica, Danças circulares, Thiago Iorque, Teatro Oficina, dentre outros.