Minicursos 7, 8

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Participantes de fora do Brasil, entrar em contato com a comissão organizadora jornadas.mulherdis@gmail.com

Sábado (19/11) – 9h às 13h

7) ANÁLISE DE DISCURSO E LITERATURA BRASILEIRA: QUESTÕES DE/PARA GÊNEROS, SEXUALIDADES E CORPOS

Jacob dos Santos Biziak (IFPR/IFSP/UNESP)

MODALIDADE: virtual

O link de acesso à sala virtual será enviado por email às pessoas inscritas no minicurso.

Resumo: Este minicurso propõe uma aproximação entre estudos literários, literatura brasileira e análise de discurso. Tendo dito isso, propomos um olhar para a crítica literária que mobilize discurso na esteira dos trabalhos de Michel Pêcheux, Eni Orlandi e Eduardo Guimarães de forma a colocar conceitos em movimentos, notadamente no que diz respeito à historicidade e ao político de suas constituições, formulações e circulação. A partir dessa base, intentamos propor e realizar gestos de leitura sobre obras (e trechos delas) da literatura brasileira, notadamente a contemporânea, de forma a destacar efeitos de corpos, gêneros e sexualidades tanto no que diz respeito ao funcionamento das (im)possibilidades de leitura, quanto a reflexões sobre desdobramentos na formação de professores e de leitores de literatura na educação básica. Em síntese, são sugeridos dois momentos do minicurso: um que retome questões teóricas e construa pontes entre proposições de diferentes autores; um segundo, pautado em exercícios de análise. Por fim, vale dizer que, no que diz respeito a corpos, gêneros e sexualidades, nosso pilar central serão as reflexões de Judith Butler. 

8) DISCURSOS DE E SOBRE MULHERES: A CIRCULAÇÃO DE SENTIDOS NA MÍDIA DIGITAL

Ceres Ferreira Carneiro (UERJ)

MODALIDADE: virtual

O link de acesso à sala virtual será enviado por email às pessoas inscritas no minicurso.

Resumo: Nossa proposta para o minicurso a ser oferecido é de que, a partir de discursos produzidos de e sobre mulheres materializados em diferentes mídias digitais (cartuns, memes, manchetes de jornais, propagandas, campanhas publicitárias etc.) possamos verificar se/como dizeres, em circulação na web, fazem ressoar sentidos cristalizados sobre o feminino que, ao serem retomados sedimentam a hierarquia entre homens e mulheres. Temos que i) a discussão sobre o lugar da mulher em diferentes gêneros, classes e raças, em nossa formação social precisa ser ininterrupta sob o risco de contribuirmos para a manutenção da hierarquia e do preconceito de/entre gêneros; ii) os discursos midiáticos, de gêneros multimodais, podem se constituir como importantes materialidades para promover uma reflexão sobre as diferentes identidades do feminino, sobretudo, se consideramos a mídia como um espaço privilegiado para constituição, formulação e circulação de sentidos; iii) a repetição de discursos machistas, misóginos difundidos na/pela mídia digital, na atualidade, precisam ser pensados a partir da Análise do Discurso, de forma a se compreender o funcionamento de uma memória sobre a mulher, fundada no patriarcado, que ressoa ainda hoje e segue, portanto, produzindo sentidos. Para tanto, nos embasamos nos estudos de Michel Pêcheux desenvolvidos na França, durante as décadas de 1960, 1970 e 1980, e dos desdobramentos desses estudos no Brasil, como arcabouço teórico que sustentarão nossos gestos analíticos.