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IndisciPLAr

Português como Língua Adicional em uma perspectiva indisciplinar

Afiliado à Linguística Aplicada INdisciplinar, Crítica ou Transgressiva (MOITA LOPES, 2006; PENNYCOOK, 2006), o grupo de pesquisa IndisciPLAr busca contribuir para a construção de uma área de Português como Língua Adicional (PLA) engajada politicamente e responsiva às demandas sociais contemporâneas (BIZON, DINIZ, 2018). Para tanto, focaliza sujeitos – concebidos sócio-historicamente – que não têm o português como primeira língua e que transitam, física e/ou simbolicamente, por espaços onde a aprendizagem do português pode ser um recurso importante − ainda que não suficiente − para a produção e democratização de mobilidades e multiterritorialidades (BIZON, 2013). Implicado com a construção de uma globalização alternativa (B. SANTOS, 1995; M. SANTOS, 2000) por meio de políticas linguísticas voltadas para as multiplicidades e assentadas em bases multilíngues, o grupo chama ao diálogo outras vozes para além do eixo norte-ocidental, como forma de resistência ao movimento neoliberal de globalização e internacionalização. Entre essas vozes, estão as de estudantes universitários − com destaque para os oriundos de países não centrais −, migrantes de crise (crianças, adolescentes ou adultos), surdos e indígenas brasileiros. As ações do IndisciPLAr se centram sobre distintas facetas de políticas linguísticas, menos ou mais explícitas, em suas relações com questões identitárias, incluindo a formação de professores, os currículos, os materiais didáticos, as avaliações e as práticas de letramento (STREET, 2014). Além da formação de professores e pesquisadores em nível de graduação e pós-graduação, o grupo atua no planejamento, implementação e avaliação de políticas públicas e de políticas linguísticas que concernem direta ou indiretamente ao PLA, aí compreendida a produção de instrumentos de política linguística como currículos e materiais didáticos.

Linhas de pesquisa

Linguagens, Transculturalidade e Educação Linguística
Políticas linguísticas e Português como Língua Adicional / Língua de Acolhimento

Repercussões

Os integrantes do grupo têm participado ativamente de uma série de políticas públicas e linguísticas, incluindo em funções de coordenação. Entre essas políticas, estão o projeto Mais Médicos para o Brasil (2013-2018), o programa Idiomas sem Fronteiras (2015-2019), o Certificado de Proficiência em Língua Portuguesa para Estrangeiros (Celpe-Bras) e o Programa de Estudantes-Convênio de Graduação (desde 2013). Também se destaca a atuação em políticas voltadas para migrantes de crise, em particular, as realizadas em parceria com o Núcleo de Estudos de População Elza Berquó da Universidade Estadual de Campinas (Nepo/Unicamp), a Prefeitura de Campinas e a Secretaria Municipal de Educação de Belo Horizonte. Além disso, o grupo trabalha na formação inicial e continuada de professores de Português como Língua Adicional, na licenciatura em Português como Língua Estrangeira/Segunda Língua do Instituto de Estudos da Linguagem (Unicamp), na graduação em Letras da Universidade Federal de Minas Gerais e em outros contextos, inclusive no exterior.

Veja também nossas publicações.

Entre no espelho do grupo no site do CNPq.

 

Referências bibliográficas

BIZON, A. C. C. Narrando o exame Celpe-Bras e o convênio PEC-G: a construção de territorialidades em tempos de internacionalização. Tese (Doutorado em Linguística Aplicada). Campinas, Universidade Estadual de Campinas, 2013.

BIZON, A. C. C.; DINIZ, L. R. A. Apresentação do dossiê especial “Português como Língua Adicional em contextos de minorias: (co)construindo sentidos a partir das margens”. Revista X, Curitiba, v. 13, n. 1, p. 1-5, 2018.

MOITA LOPES, L. P. Por uma Linguística Aplicada Indisciplinar. São Paulo: Parábola, 2006.

PENNYCOOK, A. Uma Linguística Aplicada Transgressiva. In: MOITA LOPES, L. P. Por uma Linguística Aplicada Indisciplinar. São Paulo: Parábola, 2006, p. 67-83.

SANTOS, B. S. Pela mão de Alice. O social e o político na pós-modernidade. São Paulo: Cortez, 1995. 

SANTOS, M. Por uma outra globalização. Do pensamento único à consciência universal. Rio de Janeiro: Record, 2000.

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