Literatura Infantil (1880-1910)

 
Justiça                
A madrugada

 

O Tempo

Sou o Tempo que passa, que passa,

Sem princípio, sem fim, sem medida!

Vou levando a Ventura e a Desgraça,

Vou levando as vaidades da Vida!

 

A correr, de segundo em segundo,

Vou formando os minutos que correm...

Formo as horas que passam no mundo,

Formo os anos que nascem e morrem.

 

Ninguém pode evitar os meus danos...

Vou correndo sereno e constante:

Desse modo, de cem em cem anos,

Formo um século, e passo adiante.

 

Trabalhai, porque  a vida é pequena,

E não há para o Tempo demoras!

Não gasteis os minutos sem pena!

Não façais pouco caso das horas!

Justiça                
A madrugada