Literatura Infantil (1880-1910)
![]() |
![]() |
As Estrelas Quando a noite cais, fica à janela, E contempla o infinito firmamento! Vê que planície fulgurante e bela! Vê que deslumbramento! Olha a primeira estrela que
aparece Além, naquele ponto do horizonte
... Brilha, tremula e vívida...
Parece Um farol sobre o píncaro do
monte. Com o crescer da treva, Quantas estrelas vão aparecendo! De momento em momento, uma
se eleva, E outras em torno dela vão
nascendo. Quantas agora! ... Vê! Noite
fechada ... Quem poderá contar tantas
estrelas? Toda a abóbada esta iluminada
: E o olhar se perde, e cansa-se
de vê-las Surgem novas estrelas imprevistas Inda outras mais despontam ... Mas, acima das últimas avistas, Há milhões e milhões que não
se contam ... Baixa a fronte e medita: — Como, sendo tão grande na vaidade, Diante desta abóbada infinita É pequenina e fraca a humanidade! |
![]() |