oordenadoras:  Conceição Azenha e Raquel Aguiar

O Elipsi tem por objetivo amplo promover o estudo e a discussão sobre as patologias na infância e a estruturação subjetiva; delimita neste momento o seu interesse nos estudos e atendimento precoce de crianças com dificuldades na função da fala e no campo da linguagem.

No ano de 2023 não pretendemos fazer mudanças no funcionamento do grupo, mas nos sentimos motivados a priorizar a questão do atendimento clínico o que implicará na busca mais ativa de parcerias que nos encaminhem crianças a serem atendidas e no maior envolvimento com a prática clínica seja no atendimento, na supervisão, ou no próprio processo de busca das parcerias.

O desenvolvimento conjunto de atividades de estudos e atividades clínicas visa abordar os conceitos psicanalíticos a partir de questões sobre os aspectos clínicos, éticos e práticos. Nesse sentido, o Elipsi também oferece, eventualmente, cursos de extensão, nos quais visa abrir a discussão de temas sobre o infantil, a criança e a linguagem no campo da psicanálise.

A prática clínica tem como diretrizes básicas:

  1. Intervir precocemente e possibilitar o acesso da criança, e seus pais, a um tratamento psicanalítico. As possibilidades de atendimento são priorizadas para crianças de até seis anos de idade.
  2. Oferecer assessoria aos trabalhos realizados com crianças em instituições.

Os atendimentos de crianças são oferecidos por participantes do Elipsi considerados em condição de realizar essa prática, ou seja, que já tenham um percurso de formação psicanalítica que envolva a análise pessoal.

As modalidades de atividades dos participantes do Elipsi são as seguintes:

  • Atendimento clínico: restrita para os participantes que já tenham um percurso de formação psicanalítica.
  • Atividade de estudos: é aberta a todos os participantes. Tem por objetivo a discussão de textos que fundamentem teoricamente a clínica com crianças e que partam da discussão de sua prática.
  • Discussão clínica: atividade para os participantes que realizam atividade clínica. Discussão de questões surgidas a partir dos atendimentos clínicos realizados, ou de casos da literatura psicanalítica.
  • Supervisão e atendimento clínico: os participantes que se encarregarem de atender os casos necessariamente deverão, em algum momento, realizar supervisão e posteriormente levar para a reunião de discussão de casos. Não ficará determinado previamente qual será o supervisor, uma vez que a supervisão se faz pela e na transferência. O que é importante é que o grupo escutará os efeitos da supervisão para a condução daquele caso. Nesse sentido, o participante encarregado do atendimento do caso poderá escolher um supervisor de fora do Elipsi. A supervisão é individual. Todos que realizam atendimentos precisam agendar a supervisão com o supervisor escolhido em horários fora dos espaços de reunião.

O ingresso de novos participantes se dará a partir de um processo composto de duas entrevistas que serão realizadas por membros do Elipsi, com o objetivo de avaliar de quais atividades o interessado pode participar.

As reuniões do Elipsi ocorrerão mensalmente desdobrando-se em dois momentos:

  • das 13:30h às 14:30h com discussão de casos que estão sendo atendidos no Elipsi ou discussão de casos da literatura psicanalítica;
  • das 14:30h às 15:30h com discussão teórica sempre buscando articulação com o tema principal do Outrarte para o ano de 2023.

Contatos:

Datas das reuniões de 2023 (sempre na primeira sexta-feira do mês): 3 de março, 5 de maio, 2 de junho, 7 de julho, 4 de agosto, 1º de setembro, 6 de outubro e 1º de dezembro.

Bibliografia (casos da literatura):

  • “Caso Robert”: LACAN, Jacques. O Seminário, livro 1: Os escritos técnicos de Freud. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1986.
  • “Caso Joey”: BETTELHEIM, B. A fortaleza vazia (1967). São Paulo: Martins Fontes, 1987.
  • “Caso Dick”: Melanie Klein
  • “Seminário de psicanálise de crianças”, de Françoise Dolto

Bibliografia (textos fundadores):

  • “Análise de uma fobia em um menino de cinco anos”, Freud, 1909.
  • “Os complexos familiares na formação do indivíduo”, Lacan, Outros Escritos;
  • “Nota sobre a criança”, Lacan, Outros Escritos;
  • “Crianças na psicanálise: clínica, instituição, laço social”, Angela Vorcaro;
  • “A Primeira Entrevista em Psicanálise”, Maud Mannoni;
  • “O brincar e a realidade”, D.W. Winnicot;

Créditos da imagem:

  • Juan Miro, Blue II (1961)