Depoimentos


Charlotte Marie Chambelland Galves

Eu poderia homenagear Charlotte Galves falando da relevância das suas pesquisas e trabalhos publicados, da sua prolífica atividade como orientadora de graduandos e pós- graduandos, ou ainda das importantes atividades administrativas por ela desempenhadas. Embora se deva, de fato, ressaltar todas essas realizações, há também aspectos menos “concretos” que são igualmente importantes na trajetória de Charlotte, e que são depreendidos a partir do contato pessoal e não de leituras de seus artigos ou de uma pesquisa em seu currículo Lattes. Como alguém que foi orientado por ela na iniciação científica, no mestrado e no doutorado, totalizando aí quase uma década de contato acadêmico direto, uma das qualidades de Charlotte que sempre me impressionou e que aqui destaco foi a sua generosidade em permitir que seus alunos exerçam um papel real de autoria. Charlotte nunca me impôs temas a serem pesquisados. A palavra final quanto ao que investigar ou não sempre foi uma decisão minha. Parabéns, Charlotte, pela sua sensibilidade em compartilhar ideias sem a necessidade de impô-las ao seu interlocutor!

André Antonelli


Olá, Charlotte! Parabéns!


Tive a sorte de ser sua aluna desde a iniciação científica. Durante esses 10 anos, só tenho a agradecer pela sua amizade, paciência e disposição para ensinar. Também sou muito grata pela sua generosidade, me oferecendo o meu primeiro “emprego” quando eu mal sabia o que queria fazer depois de formada. Sempre vou me lembrar com carinho dos trabalhos na sala do projeto Tycho Brahe, com você e todos os colegas! Um abraço!

Cynthia Yano


A grande honra de meu percurso acadêmico foi a oportunidade de ter sido orientada pela Professora Charlotte Galves no mestrado, bem como sua presença indispensável nas etapas do doutorado. Com ela, eu desenvolvi o prazer em pesquisar a sintaxe diacrônica e, até hoje, sempre que possível, tento buscar na história do português aspectos para a análise de minhas tão estimadas clivadas. A Professora Charlotte é uma grande inspiração para mim, tanto na docência, quanto na investigação acadêmica, e é uma profissional com a qual cada conversa se transforma em uma grande aula de coerência em pesquisa. Obrigada por tudo o que você representa em minha história.

Damaris Silveira


Convivi pouco com Charlotte Galves nos tempos da Gramática, mas, no decorrer dos anos, tive a oportunidade de descobrir a profissional séria e competente que é. Em reuniões de pesquisa, sempre com um casaquinho, seu traço característico, para evitar “vento nas costas”! Parabéns pela justa homenagem!

Dinah Callou


Querida Charlotte,

É um imenso prazer fazer parte da organização deste evento que lhe presta homenagem. É uma forma de agradecer todo o apoio que me deu durante minha trajetória na Unicamp e de demonstrar o carinho e a admiração que sinto por você, por ser essa profissional de primeira grandeza e, ao mesmo tempo, uma pessoa doce, sincera, acessível, atenciosa…

 Muitos beijos,

Elisângela Gonçalves


Para Charlotte

Charlotte e Mary estão, sem dúvida, entre as estrelas mais brilhantes na constelação dos linguistas brasileiros. Ambas têm em comum a delicadeza no trato, a dedicação e exigência com os alunos, a permanente atualização no campo teórico, a abertura para novas ideias e perspectivas teóricas, sem preterir ou subestimar qualquer quadro e, sobretudo, são capazes de congregar grupos em torno de seu trabalho e coordenar grandes projetos.

Sobre a Charlotte, eu devo dizer que foi uma honra conhecê-la de perto na minha arguição de mestrado em 1986 e de ter sido depois acolhida por ela nos cursos, antes e durante, o doutorado na Unicamp. Minha grande alegria (e alívio!) foi ver que ela gostava de dados reais e isso compensou a falta de teoria de quem afinal tinha chegado à Unicamp depois de ter feito um único curso de sintaxe gerativa com Tarallo na PUC-SP em 1983. Era pouco, naqueles anos 1980, quando enfrentei um curso na Unicamp em uma turma com alunos como Carlos Mioto e Maria Cristina Figueiredo Silva, que já sabiam tudo! E depois, em turmas com Emílio Pagotto e Jairo Nunes, jovens mestrandos, que também já sabiam tudo! E a Charlotte amava meus dados, minhas comparações incipientes do português brasileiro com o europeu. Nossa amizade foi se estreitando ao longo do tempo e, para minha alegria, estivemos juntas no comitê assessor do CNPq com outras colegas queridas, com as quais eu aprendi muito. E continuamos juntas na amizade e no interesse crescente pelos caminhos do português brasileiro! Parabéns às homenageadas e meu beijo carinhoso.

Eugênia Duarte


Querida professora Charlotte quero agradecer-lhe por cada minuto dedicado ao ensino e à pesquisa. Agradecer-lhe pela paciência e dedicação em todas as áreas da educação e por tornar-se um grande instrumento de motivação e orientação a todos os alunos. Que suas forças e vitalidade sejam sempre renovadas, que tua fé no ensino cresça a cada dia e que teu legado seja cada vez mais marcante. Obrigada por tudo.

Fernanda Gusmão Silva


Sinto-me gratificada pelo convite para participar deste grupo composto por pessoas que, de diferentes formas, tiveram a sua vida acadêmica e a sua formação como pesquisador, na área da sintaxe diacrônica de orientação formal/ gerativista, profundamente influenciados pela contribuição dada por Charlotte Galves. Como se sabe, a sua pesquisa, tanto nos aspectos sincrônicos como diacrônicos, teve como foco principal introduzir o português brasileiro no cenário das línguas românicas, em particular, na comparação com o português europeu. Sim, trata-se de uma presença marcante, ao lado de outras grandes estrelas das constelações diacrônicas, entre elas, a nossa querida Mary Kato, e o nosso inesquecível Fernando Tarallo, que tão cedo nos deixou. Com certeza, ao longo das últimas décadas, Charlotte e Mary realizaram ainda um outro grande feito: o de possibilitar que as gramáticas brasileiras pudessem empreender voos de gaivota, com asas abertas sob outros céus e sobre outros mares.

Tive o privilégio de ter sido sua orientanda de doutorado. Sua aluna no programa de Pós-Graduação do IEL. Foram muitos os nossos encontros nos seminários e congressos, nos grupos de pesquisa. A minha tese de doutorado, a qual teve como objetivo principal apresentar uma abordagem diacrônica de certos fenômenos gramaticais do português dos séculos XVIII e XIX, foi parte de um grande projeto que Charlotte organizou e coordenou.

Nesta oportunidade, gostaria ainda de deixar registrado o fato de que Charlotte sempre manifestou um tratamento acolhedor a todos nós. Foi assim que, nos momentos de socialização e descontração, pudemos conhecer as suas outras faces: a mãe carinhosa, a avó coruja, a esposa, filha, sogra. O seu amor pelos cavalos. A sua deliciosa casa na chácara, em Sousas, onde nos recebeu com delicioso queijo e taça de vinho. Saudades, Charlotte. Parabéns, Charlotte!

Maria Aparecida Torres Morais


À Charlotte, com carinho

Eis o que aprendi nesses vales onde se afundam os poentes:
afinal, tudo são luzes e a gente se acende é nos outros. A vida é um
fogo, nós somos suas breves incandescências.
(Mia Couto. Um Rio Chamado Tempo, Uma Casa Chamada Terra)

Alguns dos momentos mais gratificantes na vida de um pesquisador são aqueles vividos na companhia de outros colegas pesquisadores, em situações de colaboração que propiciam reflexões instigantes que levam, por sua vez, à formulação de hipóteses e à decisão de trabalhar em conjunto, compartilhando os desafios de projetos coletivos.

Posso dizer que com a Charlotte Galves eu vivi muitas dessas situações, e por isso eu lhe sou muito grata. Tive a oportunidade de conviver academicamente com ela, entre 1998 e 2010, em três projetos (dois dos quais ela coordenou, no IEL/Unicamp): Padrões Rítmicos, fixação de parâmetros e mudança linguística (Temático/FAPESP, 1998-2002), Comportamento estocástico, fenômenos críticos e identificação de padrões rítmicos nas línguas naturais (Temático/FAPESP, 2004-2007) e Padrões rítmicos, domínios prosódicos e modelagem probabilística (MCT/CNPq, 2007 2010).

Nossas indagações e discussões – que muitas vezes envolveram equipes multidisciplinares com matemáticos, probabilistas e físicos, além de linguistas – giravam sempre em torno da organização rítmica das línguas naturais e sobre os reflexos da interação entre prosódia e sintaxe na aquisição e na mudança linguística. Foi a partir das discussões feitas no âmbito desses projetos que iniciei, de maneira sistemática, minhas pesquisas sobre a configuração rítmica do português do Brasil, tema que abordo até hoje em projetos associados à minha Bolsa de Produtividade do CNPq.

Hoje, quando retorno no tempo e reflito sobre o rumo que tomaram as minhas pesquisas em fonologia, constato que, se é verdade que a questão da organização rítmica das línguas sempre me interessou, também é verdade que o estímulo para que eu elegesse esse tema como um dos focos principais das minhas investigações veio das inúmeras conversas que tive com a Charlotte sore esse tema.

Lembro-me como se fosse hoje da aula inaugural que ministrei no IEL no início do ano letivo de 1996. O tema da minha aula era Ritmo e Linguagem e o auditório estava lotado de alunos e colegas dos nossos três departamentos. Recordo-me de ter localizado a Charlotte sentada no chão, à minha esquerda, na frente da primeira fileira de cadeiras, e hoje me pergunto: por que será que a imagem da Charlotte ali sentada, ouvindo atentamente as minhas considerações sobre o ritmo linguístico, continua tão viva em minha memória (que, como toda memória que se preza, é muito seletiva!), passados tantos anos? Penso que talvez seja porque aquele momento marcou o início de uma parceria que rendeu bons frutos acadêmicos.

Depois da minha palestra, Charlotte me procurou para dizer que talvez pudéssemos, juntas, refletir sobre o papel da prosódia em geral e da organização rítmica em particular nas mudanças linguísticas que determinaram os diferentes caminhos trilhados pelo português europeu e pelo português brasileiro. Achei que essa seria sem dúvida uma boa oportunidade para investigarmos, de maneira mais articulada e academicamente significativa, questões relativas à interface fonologia/sintaxe. E foi assim que, nesse mesmo ano de 1996, escrevemos nosso primeiro trabalho conjunto, Os clíticos no português brasileiro, no âmbito do Projeto da Gramática do Português Brasileiro (coordenado pelo colega Ataliba Teixeira de Castilho). Eu fazia parte do GT de Fonética e Fonologia e a Charlotte de um dos GT’s de Sintaxe. Tratava-se, portanto, de um texto que abordava a questão dos clíticos na interface desses dois componentes da gramática. Hoje eu vejo esse trabalho como uma espécie de “aquecimento” para o que viriam a ser nossos trabalhos futuros.

Depois da minha palestra, Charlotte me procurou para dizer que talvez pudéssemos, juntas, refletir sobre o papel da prosódia em geral e da organização rítmica em particular nas mudanças linguísticas que determinaram os diferentes caminhos trilhados pelo português europeu e pelo português brasileiro. Achei que essa seria sem dúvida uma boa oportunidade para investigarmos, de maneira mais articulada e academicamente significativa, questões relativas à interface fonologia/sintaxe. E foi assim que, nesse mesmo ano de 1996, escrevemos nosso primeiro trabalho conjunto, Os clíticos no português brasileiro, no âmbito do Projeto da Gramática do Português Brasileiro (coordenado pelo colega Ataliba Teixeira de Castilho). Eu fazia parte do GT de Fonética e Fonologia e a Charlotte de um dos GT’s de Sintaxe. Tratava-se, portanto, de um texto que abordava a questão dos clíticos na interface desses dois componentes da gramática. Hoje eu vejo esse trabalho como uma espécie de “aquecimento” para o que viriam a ser nossos trabalhos futuros.

Graças ao entusiasmo da Charlotte, aos seus trabalhos e aos trabalhos dos pesquisadores principais dos projetos mencionados; graças à dedicação dos alunos de pós-graduação que, metódica e incansavelmente desenvolveram suas teses a partir do corpus Tycho Brahe, repositório de textos anotados representativos do português de vários séculos, cuja construção se deve ao grande empenho e esforço da Charlotte; e graças, também, à inestimável contribuição de pesquisadores colaboradores de outras instituições do Brasil e do exterior, acreditamos hoje ter a resposta para uma das nossas principais indagações, relativa à origem do Português Moderno: a mudança prosódica ocorrida na segunda metade do século XVIII em Portugal – que levou à modificação/apagamento de vogais pretônicas e, consequentemente, a uma mudança no ritmo do português europeu – foi o gatilho para a mudança sintática ocorrida no século XIX, e essas mudanças explicam em grande parte as diferenças entre o PE e o PB, como a colocação predominantemente enclítica ou proclítica, respectivamente, dos clíticos pronominais.

Movimentada e por vezes emocionante é a vida do pesquisador que, como eu, teve o prazer de colaborar com a Charlotte em projetos coletivos. Tornam-se indeléveis em nossa memória as lembranças das muitas reuniões de trabalho (inesquecíveis foram os workshops na Universidade de Lisboa e no ZIF – Zentrum für Interdisziplinäre
Forschung/Bielefeld); das discussões acaloradas e estimulantes; do enorme desafio que era, por vezes, encontrar uma linguagem comum a partir da qual linguistas, probabilistas, físicos e matemáticos pudessem se entender conceitualmente; da alegria partilhada por todos diante de resultados promissores; e, por fim, do clima de colaboração e amizade que nos unia a todos, pesquisadores experientes e pesquisadores em formação, tanto nas reuniões de trabalho como nas oportunidades que tivemos de conversar animadamente em torno de uma mesa de restaurante, nas viagens que fizemos.

Ao longo de todos os anos em que trabalhamos juntas, escrevi vários artigos com a Charlotte (alguns dos quais também com outros coautores). Nesses trabalhos, todos publicados, íamos registrando os resultados parciais de investigações relacionadas a questões dos projetos. Dado o objetivo deste texto, cito aqui apenas o título e o ano dessas publicações, porque todas as demais informações estão nos nossos currículos Lattes. Em ordem cronológica: Reflexões sobre a interface sintaxe-fonologia (1998); As diferenças rítmicas entre o português europeu e o português brasileiro: uma abordagem otimalista e minimalista (1998); A interface fonologia-sintaxe: evidências do português brasileiro para uma hipótese top-down em aquisição da linguagem (1999); Secondary stress in two varieties of Portuguese and the sotaq optimality-based program (2006); The phonology of rhythm from Classical to Modern Portuguese. (2012). Relembrando, agora, as hipóteses que perseguimos nesses textos, eu constato que neles está o fio condutor das minhas pesquisas individuais sobre o ritmo do português brasileiro.

Termino essa breve homenagem que faço à minha querida colega Charlotte retomando as palavras de Mia Couto, que nos ensina que, nessa vida, “a gente se acende é nos outros”. Obrigada, Charlotte, por sempre ter sido essa chama em minha vida acadêmica!

Maria Bernadete M. Abaurre


Você foi minha orientadora e já por isso eu devo muito da minha formação a você. Mas, para além do que você me falou, tem o teu exemplo de conduta, que eu acho exemplar num aspecto em particular: embora você tenha claramente uma certa forma de pensar o português brasileiro e a teoria gerativa de maneira geral, você nunca fez disso um cavalo de batalha – me lembro de você e o Daniel Everett discutindo como analisar “se”, se não me engano, num confronto puro de ideias e de análises, não de pessoas. Não sei se consigo te imitar nisso, nem se consigo imitar sempre, mas bem que eu gostaria…

Maria Cristina Figueiredo Silva


Na Graduação do curso de Letras Vernáculas, no Instituto de Letras da UFBA, conheci Charlotte Galves, autora de trabalhos importantes, cuja leitura professora Rosa Virgínia Mattos e Silva, minha orientadora desde a Iniciação Científica até o Doutorado, me indicou. Lendo seus textos, foi assim que conheci Charlotte, naqueles tempos de Graduação, quando, cada vez mais, me apaixonava pela Linguística, seguindo pelos caminhos da Linguística Histórica, ao lado de queridos colegas do Programa para a Histórica da Língua Portuguesa (PROHPOR). Muitos anos depois, já professora da UEFS, coordenando o projeto Corpus Eletrônico de Documentos Históricos do Sertão (CE-DOHS), com a professora Zenaide Carneiro, fui por ela apresentada a Charlotte, que achei encantadora, especialmente pela sua leveza e sua gentileza. Charlotte Galves tem sido uma grande parceira do CE-DOHS/NELP/UEFS, sempre com boa vontade, pelo que lhe agradeço, em nome de toda a equipe CE-DOHS, que tem por ela grande admiração. Parabéns, Charlotte, pela linda homenagem no V CILH! É uma honra fazer parte da Comissão Organizadora do evento!

Um beijo.

Mariana Fagundes


Sob a ótica de teorias preditivas, a história do português do Brasil ganhou impulso gigantesco com Mary Kato e Charlotte Galves, ao ministrarem os primeiros cursos em nível de pós-graduação em linguística histórica na Unicamp. Os estudos comparativos entre português do Brasil e português de Portugal ganharam dimensão empírica e a necessidade de rotular essas duas variedades linguísticas levou à autonomia do Português Brasileiro frente ao Português Europeu. Em palavras simples e honestas, meu depoimento só vem reiterar que nossas  homenageadas são responsáveis pela emancipação, pela legitimidade e pelo batismo do Português Brasileiro. Às homenageadas cabem as raízes do Português Brasileiro!

Marilza de Oliveira


Antes mesmo de conhecer Charlotte pessoalmente já a admirava pelo seu trabalho de pesquisa sobre o português, em especial sobre o português brasileiro. Ao conhecê-la mais de perto durante o doutorado na UNICAMP, percebi o quanto inspiradora ela é. Pesquisadora/professora de grande sensibilidade e de olhar apurado, conseguindo enxergar, por vezes, fenômenos ainda bem pouco usados ou ainda não percebidos por outros pesquisadores. Uma outra característica marcante da pesquisadora é a sua excelente visão de futuro ao pensar projetos que pudessem organizar e disponibilizar grandes corpora. Esse congresso homenageia duas grandes professoras/pesquisadoras, Charlotte e Mary Kato,  que têm algumas características em comum, sensíveis, democráticas em suas ações e em suas formas de viver, deixam suas marcas por onde passam.

Norma Almeida


Conheci a Charlotte no dia da minha defesa de mestrado, em algum ponto de junho de 1988. Estava bastante apavorada, mas como sempre, fez uma arguição precisa e gentil. Em agosto de 88 já estava fazendo um curso de GB com ela na Unicamp como aluna especial, para então prestar a seleção para o doutorado no ano seguinte.

Em agosto de 88 já estava fazendo um curso de GB com ela na Unicamp como aluna especial, para então prestar a seleção para o doutorado no ano seguinte. Ao longo do doutorado, fiz ainda mais uma disciplina com ela, ocasião em que pude conviver com Carlos Mioto, Maria Cristina Figueiredo Silva, Sérgio Menuzzi e outros colegas: Charlotte formando e espalhando a Gerativa Brasil afora, num movimento que só se ampliaria.

Embora nunca tenha perdido contato com a Charlotte, foi muito bom poder estreitar os laços quando fui admitida na Unicamp, em 2006. As conversas, especialmente as dos almoços e cafés da tarde, sempre foram muito frutíferas, assim como as colaborações mútuas nos encontros internacionais que organizamos, mais especialmente o DIGS2009 e o LSRL2015. Vida e vida acadêmica longas, Charlotte!

Ruth Lopes


Minha admiração pela Charlotte começou muito antes de conhecê-la. Quando eu terminei meu Mestrado nos Estados Unidos e voltei para o Brasil em 1986, eu não tinha conhecimento sobre os estudos em Gramática Gerativa no Brasil, e procurei descobrir quem eram as pessoas que trabalhavam nessa vertente no país. O nome da Charlotte surgiu nessa pequena lista de pessoas. Ao entrar em contato com seu trabalho sobre a interpretação “reflexiva” do pronome ele no PB, publicado na D.E.L.T.A. em 1986, fiquei muito impressionada com a análise. Eu comecei a admirá-la já desde essa época, considerando-a um expoente da teoria no Brasil. Quando tive a oportunidade de prestar a seleção para o Doutorado na Unicamp, a Charlotte estava na minha banca, e foi muito gentil: lembro-me que se interessou pelo meu projeto, mesmo esse estando ainda estava muito incipiente. Depois, ao cursar as disciplinas com ela, minha admiração foi aumentando, não só pela maneira como apresentava os conteúdos, estimulando a discussão crítica, mas também pela agudeza de suas observações (na época, o tema da “Relativized Minimality” e “Barriers”…). Além disso, sua delicadeza, respeito e disponibilidade sempre a colocaram como um modelo para mim. Mais tarde, quando entrei para a Unicamp como docente, tive a felicidade de tê-la como colega, admirando a sensatez e tranquilidade com que sempre conduziu sua atuação profissional. Parabéns, Charlotte, por sua trajetória inspiradora, e muito obrigada por sua presença e exemplo de pesquisadora e docente!

Sonia Cyrino


Homenagem à Charlotte Galves

Falar um pouco sobre Charlotte, para mim, é uma honra muito grande. Quando era uma estudante de graduação, tive a oportunidade de estudar alguns dos seus textos sobre o Português do Brasil e de Portugal e, a partir da leitura dos seus artigos, já pude desenvolver uma admiração muito grande pela pesquisadora competente que ela sempre foi.

No entanto, ao ir estudar na Unicamp, pude conhecê-la melhor e passei a vê-la não apenas como uma pesquisadora admirável, mas como uma pessoa de grande coração. Charlotte é gentil e simpática. O seu amor pela ciência, pela pesquisa e pelo português cativava a todos nós que tínhamos a oportunidade de trabalhar ao seu lado.

Charlotte aceitou ser a minha orientadora mesmo sem me conhecer. E, a cada reunião ou troca de e-mails, a minha admiração por ela só aumentava. Até hoje, sinto um orgulho imenso em poder dizer que fui sua orientanda, pois com ela aprendi muito.

Além de mim, sinto que muitos outros orientandos nutrem uma profunda admiração por Charlotte, pois ela é um exemplo de pessoa, pesquisadora e professora.

Por isso, considero extremamente oportuna essa homenagem. A você, Charlotte, a minha profunda e eterna admiração!

Um forte abraço cheio de saudades,
Tatiane Macedo


Sobre Charlotte Galves!!!!

Conheci Charlotte, pessoalmente, quando fiz a seleção para o mestrado em Linguística no IEL. Charlotte era um dos membros da banca avaliadora. Percebi de cara, pelas perguntas que ela fez sobre minha monografia, que se tratava de uma professora simpática, elegantíssima e extremamente inteligente. Fiquei com a impressão de que Charlotte era um ser humano incrível. A impressão logo virou certeza!!!! Passei na seleção e fiz algumas disciplinas com Charlotte. A cada aula ficava encantada com a elegância e facilidade com que Charlotte falava de assuntos que para nós, alunos, eram tão complexos. Lembro-me de várias vezes eu, Juanito e Marcellinho dizermos um para o outro: “Quando eu crescer, quero dar aulas como a Charlotte. Quero ser um professor elegante assim: falar de coisas tão difíceis de uma forma leve!” A Charlotte inspira seus alunos, orientandos, amigos…Aprendi com ela a não desistir daquilo em que eu acreditava, mesmo que dissessem que era muito difícil de realizar. Foi assim que fui parar em Portugal! Aprendi tantas coisas com Charlotte. Desde comprar um bom azeite de oliva a fazer provas de sintaxe. E, claro, a escrever a minha tese! Tudo que tenho a dizer sobre Charlotte não cabe nas 15 linhas deste texto. Por isso, concluo minha singela homenagem dizendo: Obrigada, Charlotte, por nos incentivar, inspirar e, acima de tudo, por nos mostrar que podemos ser professores/orientadores extremamente exigentes e, ainda assim, seres humanos incríveis!!! VOCÊ É INCRÍVEL!!!!!!

Telma Vianna


Charlotte Marie Chambelland Galves ou, simplesmente, Charlotte, hoje pesquisadora 1A do CNPq, como reconhecimento a sua bem sucedida e influente pesquisa, base de muitos pesquisadores brasileiros em Linguística Gerativa e em Linguística Diacrônica associada à construção de grandes corpora. Eu, nesse grupo, formada também pela querida professora e sua admiradora. Como professora da UEFS, posso dizer que sou da segunda geração de pesquisadores da referida instituição formados por ela; a saudosa Ilza Ribeiro foi a primeira entre nós, abrindo as portas da UNICAMP para nossa formação na Pós-Graduação Stricto Sensu. O término de minha tese, orientada por Charlotte, foi somente o começo. A orientação nunca acabou. Hoje, nossa parceria com ela está mais forte do que nunca, por meio do projeto Corpus Eletrônico de Documentos Históricos do Sertão (CE-DOHS), do Núcleo de Estudos de Língua Portuguesa (NELP) do Departamento de Letras e Artes (DLA) da UEFS. O CE-DOHS – criado em 2012, financiado pelo Edital Referência da FAPESB e coordenado por mim e pela professora Mariana Fagundes, contando com uma equipe competente e generosa (www.uefs.br/cedohs) – é fruto de um piloto para versão eletrônica do banco DOHS, feito no meu pós-doutoramento, na UNICAMP, em 2009, sob a supervisão de Charlotte e com Bolsa de Tecnologia da FAPESB.  Professora Charlotte, sempre generosa e extraordinária, fazendo ciência numa rede de pesquisa muito produtiva, ao lado também da querida professora Mary Kato, de cujas aulas na UEFS e na UNICAMP eu me recordo tão bem; Mary, um grande presente trazido aos sertões da Bahia pelas mãos de Ilza, em sua empreitada para fomentar a criação de Cursos de Pós-Graduação na nossa instituição, pelo que lhe somos sempre gratos. O meu mais sincero agradecimento a essas duas mestras, Charlotte e Mary, pela produção de conhecimento na grande área da Linguística Histórica e pela parceria e amizade. As homenagens se iniciaram com a queridíssima professora Rosa Virgínia Mattos e Silva, em 2009, no Rosae, e continuaram (agora o evento já na V edição), sempre trazendo grandes nomes. São estrelas, por sua competência; mas não só, também por sua generosidade.

Zenaide Carneiro


Mary Aizawa Kato

Palabras para Mary Kato

La primera vez que escuché el nombre de Mary Kato fue en 2001, y, por supuesto, de parte de Jairo Nunes, que, en épocas en que no había tanta cosa electrónica, tuvola enorme gentileza de mandar me desde Brasil dos artículos de Mary fotocopiados a mi departamento diminuto en la Patagonia. Los dos trataban sobre sujetos nulos, y en los dos Mary defendía una versión de la tesis del sujeto desinencial, según la cualen las lenguas pro-drop la desinencia verbal hace las veces de sujeto. Esos trabajos de Mary los reproduje no solo en mi tesis de doctorado sino em todo artículo que publiqué sobre el tema. Las tesis de Mary eran simples, rigurosas y difíciles de cuestionar.

Ahora bien, por el modo en que Jairo hablaba de Mary siempre, yo me imaginaba que había mucho más que una gran científica detrás de esas fotocopias (que todavía guardo). Y entonces la conocíen persona en Maceió en 2006, durante mi primer Romania Nova. Recuerdo que antes de mi exposición Mary me preguntó que por quécaminaba de un lado al otro. Le respondí que era para calmar losnervios, a lo que Mary reaccionó con esa sonrisa breve y dulcetan típica suya, cuyo efecto fue absolutamente tranquilizador. Esa mezcla de rigurosidad científica y dulzura humana en una misma persona hace de Mary un ser humano extraordinario.

Atesoro para mí aquel día en que en Buenos Aires, en ocasión del Romania Nova que celebró sus ochent aaños, Mary me llamos u “nieto académico”. Pertenecer a la familia Nunes / Kato es um privilegio único, que espero corresponder de todo corazón.

Andrés Saab


Mary foi a gerativista mais funcionalista que já conheci! E exatamente por isso a escolhi como minha orientadora no doutorado, o que foi uma experiência incrível e gratificante.

Já conhecia Mary desde os tempos em que havia o Encontro Nacional de Linguística, promovido pela PUC-Rio. Além de me encantar com suas exposições e análises, pude perceber sua grande sensibilidade para lidar com dados reais da língua, manifestada em seus trabalhos sobre a oralidade e a escrita no português brasileiro. Daí surgiu meu entusiasmo em poder desenvolver, com ela, minha tese de doutorado.

Foi enorme a generosidade de Mary em me aceitar! Afinal, eu a estava tirando de sua zona de conforto, como gerativista que ela era! Mas, seu carinho e respeito com meu trabalho funcionalista foram indescritíveis, o que me trouxe a segurança exigida para a tarefa.

Aprendi muito com a Mary, não só no campo profissional, mas principalmente no campo pessoal. Mary não me impôs nada; pelo contrário, recebia com serenidade meus voos no funcionalismo, e me incentivava.

Suas lições de vida, ainda que de forma indireta, me veem sempre à lembrança e me norteiam até hoje. A maneira oriental de ver o mundo em muito me ajudou. Sou grata à Mary por tudo isso e muito mais. E tenho-a com muito carinho no coração!

Beatriz Decat


Mary, quero expressar minha profunda admiração por você, que foi minha professora, minha parceira no conhecimento da clivagem e na clivagem do conhecimento, e minha amiga muito querida. Beijos!

Carlão (Carlos Mioto)


Mary Kato é uma estrela de grande brilho nas constelações linguísticas e no comando das viagens diacrônicas empreendidas pelos pesquisadores em busca das gramáticas brasileiras. Ao lado da Charlotte Galves, recebe uma justa homenagem no V Congresso Internacional de Linguística Histórica.

Tive o privilégio de empreender muitas dessas viagens. Com isso, ao lado dos queridos colegas, aprendi a reconhecer, respeitar e a me inspirar na atuação da Mary, não apenas por sua força intelectual, mas por sua dimensão como ser humano exemplar.

Na verdade, ambas estão intimamente relacionadas. Como disse Jairo Nunes, a capacidade da pesquisadora de enxergar dados “gozados” nos dialetos brasileiros é uma marca do olhar katiano. Também Ruth Lopes revelou a ótica paradigmática Katar, Kata, Katou na sua pesquisa. Assim, pode-se dizer que o jeito Kato de ser, o olhar katiano é a Mary inteira em tudo o que faz. Parabéns, Mary!

Cida Torres Moraes


Mary Kato é uma figura ímpar! Mistura de conhecimento, sabedoria e afeto! Em reuniões da Gramática do português falado, em seu sítio, nos momentos de tensão do grupo, nos chamava para jogar ping-pong (Jairo Nunes lembrou desse fato na semana passada) ou cozinhava alguma coisa para nós. Saudades dessa convivência!

Dinah Callou


Querida Mary,

Você é digna de todas as homenagens não somente por ser uma linguista grandiosa, mas também por estar sempre disposta a contribuir para o crescimento de novos pesquisadores, com muito respeito e disposição, o que você demonstrou ao prontamente ao aceitar contribuir para a coletânea por mim organizada. Essa experiência fez crescer ainda mais a minha admiração por você. Eu me sinto feliz e honrada por estar participando desta homenagem a você, Mary, que é uma inspiração para as gerações de linguistas dentro e fora do Brasil.

Muitos beijos,
Elisângela Gonçalves


Charlotte e Mary estão, sem dúvida, entre as estrelas mais brilhantes na constelação dos linguistas brasileiros. Ambas têm em comum a delicadeza no trato, a dedicação e exigência com os alunos, a permanente atualização no campo teórico, a abertura para novas ideias e perspectivas teóricas, sem preterir ou subestimar qualquer quadro e, sobretudo, são capazes de congregar grupos em torno de seu trabalho e coordenar grandes projetos.

Quanto à Mary, só tenho uma imensa gratidão por ter me recebido quando Tarallo nos deixou e eu mal iniciava um trabalho de doutorado que ele tanto queria ver realizado. Ela me abriu os braços, me indicou muitas leituras, foi exigente e eu acabei conseguindo terminar o que era apenas um começo: o começo de uma parceria que continua vivíssima. Segundo ela, uma inspira a outra, mas ela é realmente a cabeça! Para minha sorte, Mary também gosta de dados reais (nada contra os dados da intuição, devo dizer!) e nós continuamos juntas numa das vertentes que interessam a nós duas: os reflexos da mudança na remarcação do Parâmetro do Sujeito Nulo. Acho que eu sou um dos frutos do “projeto herético”, como a Mary batizou o casamento da Sociolinguística Variacionista com a Teoria de Princípios e Parâmetros. Afinal, como faríamos uma análise empírica sem uma teoria que guiasse o levantamento de hipóteses e dos grupos de fatores estruturais e que, sobretudo, nos ajudasse a enxergar os efeitos colaterais provocados pela mudança, um ponto-chave da Sociolinguística Variacionista? É com esse casamento que vamos conseguindo situar o comportamento do PB no contexto das línguas românicas. E temos ainda um longo caminho pela frente.

Sou ou não sou uma pessoa de sorte nesta vida acadêmica e pessoal?
Parabéns às homenageadas e meu beijo carinhoso.

Eugênia Duarte


Cara Mary, gostaria de aproveitar esta oportunidade maravilhosa para agradecer seu apoio e seus valiosos conselhos, também para te lembrar dos encontros que tivemos em Budapeste, Bamberg, Hamburgo, Lüneburgo e em vários outros lugares do Brasil, dos quais ainda me recordo com muito prazer e gratidão. Desejo tudo de bom para você! Um grande abraço!

Georg Kaiser


Celebrar Mary Kato é uma satisfação e um desafio. Não há palavras que comportem a descrição de um perfil acadêmico tão produtivo, um pensamento científico tão brilhante e uma personalidade tão marcante! Esses atributos se manifestam ao longo de uma trajetória que alcança não só os mais importantes patamares da projeção e do reconhecimento profissional, em nível nacional e internacional, como também se faz acessível a um contato humano imenso e diversificado, intenso e qualificado. Não é, pois, tarefa trivial discorrer sobre as múltiplas facetas que constituem a liderança intelectual de Mary Kato. Por essa razão, gostaria de destacar, nestas breves palavras, um ponto que perpassa todos os demais, sua simplicidade. Nada mais valioso a uma personalidade notável do que o atributo da simplicidade! Mary Kato é um exemplo de como se converte sabedoria em simplicidade. Nossa gratidão a você, querida Mary, por ser para nós essa fonte preciosa de inspiração!

Heloisa Maria M. Lima Salles


Não há palavras para descrever a Mary. Ela é família, é inspiração, exemplo de retidão, produtiva e gerativista! Além disso tudo, um ser humano especial, que traz luz a tudo que toca.
Parabéns, Mary!

Marcello Marcelino 


À parte a contribuição científica que você deu para o nosso campo de estudos, você foi uma grande organizadora do trabalho todo que se fez na área de linguística formal sobre o português brasileiro. 

Pela tua mão, os seus alunos, os do Fernando, mas também outros tantos alunos – e eu me incluo aqui -, fizeram um trabalho de mapeamento da gramática brasileira, de modo a fornecer um quadro abrangente dessa língua, relativamente homogêneo e que é um grande legado pra toda a área. Sem essa sua habilidade, que é em parte brasileira, em parte japonesa, a gente não teria conseguido isso tão cedo!

Maria Cristina Figueiredo Silva


Sob a ótica de teorias preditivas, a história do português do Brasil ganhou impulso gigantesco com Mary Kato e Charlotte Galves, ao ministrarem os primeiros cursos em nível de pós-graduação em linguística histórica na Unicamp. Os estudos comparativos entre português do Brasil e português de Portugal ganharam dimensão empírica e a necessidade de rotular essas duas variedades linguísticas levou à autonomia do Português Brasileiro frente ao Português Europeu. Em palavras simples e honestas, meu depoimento só vem reiterar que nossas  homenageadas são responsáveis pela emancipação, pela legitimidade e pelo batismo do Português Brasileiro. Às homenageadas cabem as raízes do Português Brasileiro!

Marilza de Oliveira


Remembering wonderful times at PUC and then Unicamp in the 1980s. First of all serious academic events such as seminars and workshops and colloquia with Mary as a colleague. I learned a lot about standards from her. Then wonderful social gatherings either at her apartment, or at Leila’s or Antonieta’s or then again at the chacara. Music (CDs were a novelty), ping-pong, excellent food, relaxing company, and Kato broaching the little barrel he had of special pinga!

Mike Scott


À QUERIDA e INESTIMÁVEL Mary Aizawa Kato

Tenho o maior orgulho do mundo por ter sido orientado por Mary Kato. Mary foi pra mim, como para todos os seus orientandos (eu tenho certeza), muito mais que uma mentora intelectual; foi praticamente uma mãe. Sua paciência incansável, seus olhos atentos sobre o que eu escrevia, seu senso aguçado e sua intuição infalível sobre as questões levantadas foram para mim uma segurança incrível e uma inspiração magnífica. Nutro por Mary Kato profundo respeito e admiração, algo que vai – como já disse – além das raias do academicismo e que carrego comigo em todos os momentos de minha caminhada acadêmica. O que sou hoje, como professor e pesquisador, deve-se em grande parte à atuação da Mary em minha vida. Mary, querida… posso dizer sem a menor sobra de dúvida: amo você muito pelo que você é e representa na minha vida acadêmica e pessoal. Um beijo grande desse seu eterno orientando e profundo admirador.

Paulo Medeiros Junior


Mary faz parte da minha formação acadêmica desde a graduação, quando na terceira fase do curso li o belo livro No mundo da escrita. Depois vieram os inúmeros textos sobre a Teoria Gerativa, em especial, sobre as sentenças (pseudo)clivadas, interrogativas, foco e a sintaxe do sujeito. Ela é de uma delicadeza ímpar, sempre acessível e colaborativa. Em novembro de 2019, Mary me convidou para assumir o seu posto na coordenação do Romania Nova, projeto idealizado por ela em 2005. Quanta honra (e responsabilidade)! Com ela aprendi muito, não apenas a analisar as sentenças do português brasileiro, mas sobretudo, a ser uma pesquisadora séria, comprometida e humana, virtudes que descrevem o jeito Mary de ser!

Sandra Quarezemin 


A Mary, minha orientadora no doutorado, foi e continua a ser, a pessoa tão maravilhosa que sempre me acolheu!

Muito generosa em todos os momentos, a Mary sempre me incentivou na minha vida acadêmica e de pesquisa, me incluindo nos grupos que formou, com o pessoal do Projeto do Português Falado Culto, com o pessoal do Projeto Brasil/Portugal, com a România Nova…

Essa sua atitude constante me impulsionou a continuar estudando e trabalhando, como uma forma de corresponder à confiança que depositava em mim. Eu, assim como todos os seus alunos, devo muito a ela!

Lembro-me que fiquei muito emocionada na minha defesa, ela sempre foi mais que uma orientadora! A Mary é uma pessoa a quem tenho muito amor e admiro muito; é um modelo, quem eu “gostaria de ser quando crescer”! Ela está sempre presente no mais fundo do meu coração!

Sonia Cyrino


I knew Mary Kato when we were both working in the Post- Graduate LAEL programme at PUC Sao Paulo 1980-85, wheres he was engaged in cutting-edge language research. She was, among others, if not the leading exponent in Brazil of Generative Grammar applied to the analysis of Portuguese, an interest which, at a later date she extended to the Romance languages as a whole. Her lectures on the subject were masterly in their clarity and conviction.

She was also instrumental at that time in the launch at PUC-SP of what has become a highly respected academic journal, D.E.L.T.A. (Documentação de Estudos em Lingüistica Teórica e Aplicada), which has brought Brazilian linguistic studies, including her own, their rightful international recognition.

Above all I recall those personal qualities which mark out the true academic: humility (she was always ready to listen and discuss with others), humanity (while a leading researchers he also raised a very talented family and welcomed many of us as friends and colleagues to her home and her delightful chacara), good humour (she was a fine story-teller with a knowing smile and a glint in her eye), along side a passion and dedication to her life’s work in language study.

Tony Deyes

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