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Sopro de Eternidade

Texto: Equipe Editorial
Fotografias: Lauro Baldini; Tyara Veriato Chaves; Kelly Macedo

Registro do primeiro r-encontro presencial do PsiPoliS, após dois anos de encontros online.

08 de abril de 2022 – quem vê cara, aqui, vê coração.
No encontro, no muito emocionado abraço,

 “Elle est retrouvée[i].
Quoi ? – L’Éternité.”

Nos juntamos, de corpo e tudo

 “Avec le soleil.”

Campinas quente, IEL fervente,

“Et du jour en feu”

Novo ciclo,

“Science avec patience,
Le supplice est sûr.”

Um nome porvir
E aqui, e mais uma vez

“Elle est retrouvée.
Quoi ? – L’Eternité.”

Viva o sopro de eternidade que o PsiPoliS  traz e que os versos de Rimbaud são capazes de abraçar sem reduzir.

[i] A Eternidade

Achada, é verdade

Quem? A Eternidade.

É o mar que se evade

Com o sol à tarde.

Alma sentinela

Murmura teu rogo

De noite tão nula

E um dia de fogo.

A humanos naufrágios,

E impulsos comuns

Que então te avantajes

E voes segundo…

Pois que apenas delas,

Brasas de cetim,

O dever se exala

Sem dizer-se: enfim.

Nada de esperança,

E nenhum oriétur.

Ciência com paciência

Só o suplício é certo.

Achada, é verdade?

Quem? A Eternidade.

É o mar que se evade

Com o sol à tarde.

Poema de Arthur Rimbaud
Tradução de Ivo Barroso

In: Arthur Rimbaud  – Poesia Completa. Edição Bilingue. Comemorativa do sesquicentenário. Rio de Janeiro, Topbooks, 1995.